quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Modulo III : Fundamentos do Turismo II

Pessoal boa tarde aqui algumas informações referente a visita que fizemos na Agencia Monte Alegre.
Nesse dia o gerente geral  apresentou a historia da empresa e a frota de ônibus.


História

Aldano Benetton nasceu em Tietê em 1909 e foi radicado em Laranjal Paulista, sendo o filho mais velho de imigrantes italianos, com treze irmãos. Desde os sete anos ajudou na lida com boi e entrega de leite aos laticínios da região, cursando em paralelo o primeiro grau. Tropeiro aos doze anos, viajava dias dormindo ao relento no transporte de animais - ocasião em que contraiu maleita, foi picado por cobra e muitas vezes comia carne cozida entre a cela e o lombo do cavalo. Aos dezoito anos saiu de casa procurando novos meios de vida. Fez exército, participou da revolução de 1932 e ingressou na guarda rodoviária, baseado entre Santos e São Paulo. Abandonou a profissão após um grave acidente de motocicleta, ficando seis meses entre hospitais e tratamentos, e retornando a Laranjal Paulista.
Durante a Segunda Guerra, entrou no ramo de transporte de carga com caminhão. Transportava maquinários de São Paulo ao Rio Grande do Sul e retornava com grãos, comércio este que expandiu até 1950. No início dessa década, adquiriu duas jardineiras que faziam a linha entre Laranjal e Capela de São Sebastião. Os passageiros atravessavam a balsa a pé e pegavam outro ônibus que ligava Capela à Piracicaba, tendo início, assim, pela primeira vez, o transporte de passageiros.
Ele era casado com Helena Rovay Benetton, diplomada em Pedagogia, com especialização em museologia e dirigente do Museu Prudente de Moraes por muitos anos, o qual tem hoje uma de suas salas batizada com o seu nome, tamanha a sua dedicação.
No início dos anos 60, Aldano Benetton comprou a linha urbana de Piracicaba, que passou a ser administrada por seus dois irmãos mais novos enquanto ele liquidava os assuntos pendentes em Laranjal Paulista. Em 1963, mudou-se para Piracicaba com a esposa e seus seis filhos, expandindo ainda mais os negócios.
A primeira viagem em grupo foi realizada em 1964 para a cidade de São Paulo a fim de assistir uma peça de teatro.
Foi no início dos anos 70 que comprou a viação Monte Alegre, cujo nome tem origem no transporte de funcionários da antiga Usina Monte Alegre, e que fazia linhas intermunicipais interligando Piracicaba a cidades do centro do estado.
Em 1973, o grupo inaugurou a primeira agência de turismo, adquirindo também o primeiro ônibus para esse padrão, um Mercedes Benz 355 Nielson, 34 lugares com comissária, WC e banco de couro de carneiro. A partir de então nunca mais paramos de atuar nesse ramo de atividade e de modernizar nossos ônibus a cada ano.
Com o início das obras da Caterpillar, em 1974, iniciou-se o transporte de funcionários dessa obra e, logo após, dos próprios funcionários da indústria, parceria ainda existente nos dias atuais.
O ano de 1975 é marcado pela entrada de Aldano Benetton Filho, na época estudante de administração na UNIMEP, na agência de viagem, iniciando uma administração dinâmica que veio a prosperar ao longo dos anos. Já no início da década de 80, José Luiz Benetton, graduado em engenharia mecânica pela FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), ingressa no setor de transportes, contribuindo com o crescimento dessa área.
Em 1990, apesar da prosperidade dos negócios, houve uma cisão da empresa e os irmãos José Luiz e Aldano iniciaram o crescimento e a capacitação do negócio com a razão social Agência de Turismo Monte Alegre LTDA, focada na agência de viagens e no fretamento de ônibus para indústrias e turismo. Em 1991, quando ainda gozava de saúde perfeita, Aldano Benetton falece aos 82 anos após acidente automobilístico.



A década de 90 foi marcada por um crescimento consistente, com a conquista de mais serviços de transporte industrial e o aumento da participação de mercado no ramo de turismo.
Para acompanhar a demanda crescente, foi inaugurada em 2003 uma filial no bairro Unileste, onde se concentra o maior número de indústrias e empresas atendidas pela Monte Alegre. No ano de 2005, o grupo adquiriu a Viação Castur, cuja garagem no extremo oposto da cidade também contribuía na logística atual.
No que se refere às viagens, a agência também foi ampliada com a inauguração de duas novas unidades, além da abertura da empresa Arpino, representante da marca CVC na região.
Em 2007, tendo em vista a criação de um equilíbrio entre a manutenção da rentabilidade e a redução do impacto ambiental causado por suas atividades, a Monte Alegre conquistou a certificação da ISO 14001, norma internacionalmente reconhecida para Sistemas de Gestão Ambiental (SGA).
Atualmente, a Monte Alegre conta também com a iniciação da 3ª Geração Administrativa da família Benetton, com a participação dos primos Luciano e Paula Benetton nos negócios.
A frota atual é composta por um total de 150 ônibus e 20 automóveis, operados em três garagens e três agências de viagens. Dessa frota, mais de 40 ônibus possuem ar condicionado, sendo dez ônibus leito para turismo e dois leito total. Além disso, com o intuito de oferecer sempre o melhor em termos de conforto e segurança aos nossos passageiros, possuímos também ônibus G7, o modelo mais moderno de sua categoria.






























 





Alguns modelos de ônibus:

BusCar Doble Decker-Leito turismo 

Possui 50  assentos, salão de jogo, banheiro, tv/dvd, ar condicionado, geladeira elétrica, som ambiente, não tem muito espaço para malas.

Ônibus 2200


Marcopolo G7- Leito pleno


Possui 24 poltronas, banheiro, ar condicionado, tv/dvd, som ambiente, geladeira elétrica, salão de jogo.


Ônibus 2300




Marcopolo low driver G6 e G7- Leito turismo


42 passageiros + 1 guia, possui ar condicionado, Tv/dvd, som ambiente, geladeira elétrica, banheiro.


Ônibus 2100 e Ônibus 2400


Irizar - Leito Turismo

Com Ar Condicionado, 03 TV/DVD, Geladeira elétrica, Som Ambiente, Toalete, Capacidade de 42 passageiros + 1 Guia em poltronas com descanso de pernas padrão leito turismo, em tecido.
Ônibus 1200






Tivemos outra bela visita, desta vez ao Sesc de Piracicaba.
O objetivo foi  ver a exposição " Memórias e Imagens da Rua Do Porto " que acontecia no hall da entrada do Sesc.

http://www.sescsp.org.br/


Registros fotográficos da Rua do Porto e os relatos orais por eles suscitados, com suas festas, manifestações religiosas e culturais. O Rio de Piracicaba, objetos antigos, o cotidiano, a memória, a transformação do espaço, dos costumes, da arquitetura.
Curadoria de Caroline P. Sotilo, com cenografia de Anne Vidal e fotos de Ivan Feitosa.
No Hall de Entrada e na Área de Exposições.

(Foto: Moradora Lourdes)
 
 
 
 
Visita a Fazenda Ibicaba - Cordeiropolis
 
 
Fundada em 1817 pelo Senador NICOLAU PEREIRA DE CAMPOS VERGUEIRO, a Fazenda Ibicaba foi sede da primeira e uma das mais importantes colônias do Brasil. Foi a pioneira na substituição de mão- de- obra escrava pela de imigrantes europeus, principalmente Suíços e Alemães, trinta anos depois de sua fundação. O Senador Vergueiro foi o responsável pela vinda dos primeiros imigrantes da Europa, muito antes da abolição da escravatura. Sua empresa " Vergueiro e Companhia" recrutava os imigrantes,
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financiava a viagem e o imigrante tinha que quitar sua dívida trabalhando por, pelo menos, quatro anos. A cada família cabia um número determinado de pés de café que pudesse cultivar, colher e beneficiar, além de roças para o plantio de mantimentos. O produto da venda do café era partido entre colono e fazendeiro, devendo prevalecer o mesmo princípio para sobras de mantimentos que o colono viesse a vender. Esses contratos ficavam conhecidos como " Sistema de Parceria". Cerca de mil pessoas entre portugueses, suíços e alemães viviam em ibicaba, que era quase independente, havendo até circulação interna de moeda própria. Durante uma década, o modelo de colonização obteve sucesso e serviu de exemplo para todo país.

Devido a sua importância para a economia de São Paulo e ao reconhecimento da influência política do Senador Vergueiro, a Fazenda Ibicaba recebeu grandes personalidades, entre elas Dom Pedro II, a Princesa Isabel e o Conde D'eu. Foi usada durante a Guerra do Paraguai como estação militar. A extinção do tráfego negreiro em 1850 levou muitos fazendeiros a implantar o mesmo "sistema de parceria" criando pelo Senador Vergueiro. Os imigrantes, além de exercerem grande influência cultural, contribuíram com novas técnicas de produção: -utilização de arado na plantação de café, eixo móvel para carroças e demais utensílios agrícolas. A oficina de Ibicaba fornecia máquinas e instrumentos para a região posto que muitos imigrantes não tinham vocação agrícola, mas eram excelentes artesãos. Um dos primeiros motores a vapor de São Paulo foi importado pela Ibicaba e hoje encontra-se em um museu em Limeira SP.

Porém as dificuldades enfrentadas pelos colonos na adaptação ao clima e culturas locais, aliadas à subordinação econômica
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aos fazendeiros por não conseguirem saldar suas dívidas baseadas numa contabilidade questionável, foi-se criando uma crise que, em 1856, culminou na " Revolta dos Parceiros" ou insurreição dos imigrantes europeus, tendo, como palco, a Fazenda Ibicaba, a maior produtora de café da época. A revolta foi comandada pelo suíço Thomaz Davatz, que conseguiu inclusive que as autoridades suíças tomassem conhecimento das condições em que viviam os colonos. Tomaz Davatz, ao retornar a Europa, escreveu o livro " Memórias de um colono no Brasil", cujo teor inibiu o ciclo da imigração e que, até hoje, ajuda- nos a compreender este período histórico.

Em 1886, foi criada a sociedade promotora da imigração, que se encarrega de uma grande campanha publicitária para atrair mão de obra estrangeira, publicando panfletos vendendo a imagem do Brasil como um maravilhoso país tropical e apagando a impressão negativa deixada pelo livro de Davatz. Em 1877, chega o primeiro grande grupo de italianos para São Paulo, com cerca de 2000 imigrantes. É a política oficial da província, atraindo braços para a grande lavoura. A partir de 1882, o movimento cresce assustadoramente e o estado, pela primeira vez, destina verbas para apoiar os imigrantes, criando inclusive a "Hospedaria do Imigrante", onde ficavam gratuitamente por 7 dias esperando pelo fazendeiro que os fosse contratar.

A imigração italiana foi a que obteve o maior sucesso, tanto do ponto de vista de adaptação dos imigrantes, como de sua produtividade. Tal sucesso se deve a procedência rural da maior parte dos italianos, vindos principalmente da Itália Meridional, então terra de latifúndios. A identidade religiosa também foi um fator favorável, num tempo em que havia muita intolerância nesse terreno, devido ao grande poder da Igreja Católica. Até hoje, há predominância de sobrenomes italianos na região, que venceram as dificuldades iniciais, se estabeleceram definitivamente nesta terra, criaram raízes e permaneceram para sempre.

A Fazenda Ibicaba e sua história costumam ser temas de vestibulares, tanto da "Fuvest" como de outras faculdades.
 

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